EDOLINO SCHURHOFF, Pe.
Braço do Norte, SC, 13 de abril de 1955
Rosário do Sul, RS, 15 de janeiro de 1993

Era o terceiro dos onze filhos do casal Rodolfo Schurhoff e Elizabeth Schulter. Ingressou no Seminário São José de orleans, SC, em 1967, onde fez o os estudos do Ensino Fundamental (1º grau); de 1973 a 1975 cursou o Ensino Médio (2º grau) em Araranguá, SC; no ano seguinte fez o noviciado em Porto alegre e, em 26 de fevereiro de 1977 emitiu os primeiros votos na Congregação dos Josefinos de Murialdo; no mesmo ano iniciou os estudos de Filosofia em Viamão, RS, residindo em Porto Alegre.

Nos anos de 1979 a 1981 fez o estágio pastoral (magistério) no Seminário de Orleans. Fez o curso de Teologia nos anos de 1982 a 1983, no Instituto Paulo VI, em Londrina PR.No dia 06 de janeiro de 1984 emitiu os votos perpétuos, em Fazenda Souza, Caxias do Sul; no mesmo ano, no dia 18 de novembro, foi ordenado diácono em Orleans. Concluiu o curso de Teologia no ano de 1985, na Faculdade Nossa Senhora da Assunção, São Paulo, SP.


Foi ordenado sacerdote no dia 06 de julho de 1985 na Capela da localiade de São José de Braço do Norte,SC. Como sacerdote exerceu sempre sua atividade no Seminário de Orleans. Em 1989 fez um curso superior para formadores no Rio de Janeiro.
No Seminário de Orleans, sempre foi ecônomo, aquele que pensa e providencia o sustento dos seminaristas e de toda a obra. Foi um bom professor, especialmente de ciências exatas.


Embora aparentemente reservado, sabia ser ótimo amigo com todos. Isto o comprova a grande aceitação que sempre teve em Orleans e toda a região de sua terra. Foi sempre incansável na organização da Festa Junina no seminário, que proporcionava recursos para a manutenção de grande parte dos seminaristas.

Pe. Edolino foi um bom padre, um humilde padre, um padre muito laborioso. Incentivador das vocações sacerdotais e religiosas.
Devotava um carinho especial à sua família e ela, por sua vez, o estimava muito. Pe. Edolino era sempre muito esperado nas férias.
Um dos irmãos assim se expressou ao falar da férias do mano: 'é importante salientar a alegria que sentíamos quando sabíamos que ele viria de férias, pois ele trazia muita paz e serenidade para todos. Era o refúgio espiritural da família nas horas difíceis, pois ele sempre tinha uma palavra de apoio ou de consolo e, o que é melhor, sempre dava resultado. Também era apaziguador quando algumas "briguinhas" ou discussões aconteciam .E tinha muito sucesso nisso'.


No dia de sua ordenação assim se expressou: ‘O desejo de ser sacerdote já iniciou na minha infância quando então, vendo o exemplo do sacerdote e o bem que fazia, sentia também no fundo de meu coração uma voz que dizia: “Também tu, vem e segue-me”. Este desejo existiu sempre graças ao apoio dos amigos e familiares e da oração incessante de todos aqueles me ajudaram.
No meu caminho, muitas crises tiveram que ser superadas com muito esforço, fé e coragem. A doença foi a primeira que se opôs à minha aspiração. A luta contra a morte já iniciou no começo de minha vida e continuou por toda a infância e adolescência. Muitas outras crises se me apresentaram, mas a oração perseverante, a fé em Deus e o desejo de vencer eram mais fortes. No fundo não me sentia só e percebia que Deus caminhava comigo.


Hoje não me resta senão agradecer a Deus por todos os benefícios que dele recebi. Muito devo também à Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, a São José e a São Leonardo Murialdo. A eles e todos vocês, meu muito obrigado. Todos vocês são parte de minha vida, pois construíram a minha história e contribuíram muito para que eu pudesse vencer as diversas etapas da minha vida’.
No dia 15 de janeiro, enquanto se dirigia, juntamente com um grupo de Josefinos para o Chile para participar do Mês Murialdino, com apenas 37 anos, faleceu vítima de acidente com o ônibus em que viajavam; na oportunidade faleceu também outro sacerdote josefino, Pe. Mário Mosquera. Ambos foram sepultados no Jazigo da província em Ana Rech, Caxias do Sul.


Pe. Edolino, desde o céu, reze pelos teus familiares, amigos e confrades. Viva em paz para sempre.