HONORINO PEDRO DALL’ALBA, Pe.
Caxias do Sul, RS - Brasil, 29 de junho de 1935
Caxias do Sul, RS - Brasil, 25 de julho de 2002

Filho do casal Carino Dall'Alba e Lucia Ballardin Dall'Alba. De uma família profundamente religiosa, onde Deus pode reservar para si, para o trabalho do Reino, na vida religiosa, nada menos do que três filhos: Pe. Honorino, Pe. João Leonir, Ir. Cecilia Dall' Alba, murialdina. A família numerosa, contando com outros 2 manos e 5 manas. 

Entrou no Seminário em Fazenda Souza em 1948; fez o noviciado em 1951
Emitiu a primeira Profissão religiosa em 1952 e a Profissão perpétua em 1957.
Cursou Filosofia no Seminário Maior de Viamão de 1954 a 1956 Fez Teologia em Viterbo na Italia de 1959 a 1963. Ordenou-se padre em Viterbo no dia 30 de março de 1963.
Atividades exercidas na Província:

• Diretor de Orleans de 1969 a 1974.

• Em 1976 participou do Capítulo Geral em Roma como delegado.

• Diretor de Araranguá de 1977 a 1982, neste período foi também vice-provincial.

• Foi Provincial de 1983 a 1988. Diretor d a comunidade religiosa e obra de Porto Alegre de 1989 a 1994.

• Em 1994 sofreu uma isquemia cerebral que lhe deixou algumas sequelas.

• Em 1996 passou um tempo de atualização em Roma, depois diretor da Obra Social Educacional (OSE) e Noviciado de 1997 a 2002.


Formação

Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Viamão.
Licenciado em Letras e Literatura portuguesa pela Fac. Medianeira de São Paulo Licenciado em Pedagogia e Orientação Educacional pela Faculdade de Tubarão.

 

Foi um padre sempre atualizado e colaborador constante com a Conferência dos Religiosos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde foi membro do Conselho Superior.


Muito dedicado à vida religiosa e muito competente na orientação espiritual de tantos religiosos(as). Distinguiu-se muito na Educação, não só na província, mas também colaborando na Associação de Educação Católica (AEC). Um homem de trabalho constante, de pesquisa, da busca do cultural em leituras, visitas a centros culturais e em diálogos com pessoas competentes.


Muito conhecido e apreciado entre o clero e bispos. Sempre que pode, não deixava de participar a cursos, encontros, tempos de formação. Como Josefino de Murialdo, foi extremamente dedicado e trabalhador. Um Josefino competente, estudioso, buscando a unidade da família religiosa e ao mesmo tempo sempre provocando para crescer nos conhecimentos, na difusão do carisma e em crescentes pesquisas.
Congregação perde com Pe. Honorino um cabedal imenso de conhecimentos e de doação para a mesma congregação. Perde-se um padre bom, que apesar de suas pequenas falhas em seu temperamento, mesmo assim buscava sempre a perfeição das coisas, buscava o certo e se dedicava com afinco quando estava empenhado em algum serviço específico.


Nos últimos anos estava encarregado da Imprensa da província. Todos lhe somos agradecidos pelo nível que levou o nosso Informativo Agir e Calar. Perde-se um amigo de tantas pessoas, que talvez nós internamente, em nossa família religiosa, não soubemos apreciar tanto.
Podemos assegurar que nos últimos anos ele se dedicou com muito empenho no caminho da santidade. Dizia que graças à ajuda da orientação espiritual e psicológica estava encontrando um novo sabor no viver. Estava encontrando uma enorme ajuda na meditação da Palavra de Deus. Impressionava um homem experimentado, investido de autoridade na província, simplesmente se deixou trabalhar por outras pessoas, bem mais jovens e com menos experiências do que ele. Isto faz paste da humildade que o acompanhava.
Perde-se um homem de Igreja, pois sempre ficou em sintonia com o episcopado e com o clero secular. O mesmo carinho que dedicava á vida religiosa, o dedicava a toda a igreja.


Nossa província deve a ele muitos dos projetos que hoje levamos em frente, muitas publicações e traduções de livros de nossa vida e de nossa história. Nestes últimos seis anos de sua vida era responsável pela direção do Noviciado, não só provendo o necessário para os noviços, mas também partilhando com eles vida e formação.


Uma última tarefa que estava levando em frente, nestes tempos foi como Postulador da causa de Beatificação do Pe.João Schiavo. Com atenção e paciência procurou os textos no arquivo provincial, transcrevendo-os e tudo dispondo conforme orientações típicas deste trabalho.
Foi uma surpresa. Justamente no dia em que a Província inicia um encontro de formação vocacional, com as irmãs Murialdinas, Pe. Honorino (que ia participar), foi chamado a participar não mais de um curso de formação, mas da plenitude da vida, lá junto a Deus, junto a Murialdo, junto ao Pe. João Schiavo, junto com os Josefinos e Murialdinas que ele conheceu e soube querer bem. Junto a tantos outros amigos e amigas, religiosos e religiosas que já gozam do prêmio merecido.


Parece que pressentia o fim, talvez não o fim da vida, pois no último domingo ele esteve na Casa Provincial só para me dizer que era bom já ir pensando uma pessoa no lugar dele para o fim do ano. Mistérios de Deus em tudo isto.
Da eternidade Pe. Honorino continuará nos ajudando, como fazia na vida. A nós fica o desafio de crescer na vocação à qual fomos chamados e estarmos sempre preparados para a outra vida, pois a gente pode partir de surpresa, até durante sono.
Oferecer à Trindade mais este ofertório, que ainda nos custa crer em toda a sua extensão. Mas acolhemos os desígnios de Providência e temos a certeza que não nos deixará órfãos. Amém!