ULRICO FRANCHI, Pe.
Novara (Itália) , 24 de maio de 1886
Muriaé (MG) , 06 de maio de 1950

O Pe. Ulrico Franchi, filho de Casimiro Franchi e de Antonieta Grippa, nasceu a 24 de maio de 1866, na cidade de Novara, onde o pai era funcionário público do Reino. Órfão foi recebido pelo Pe. Leonardo Murialdo, no Colégio de Artes e Ofícios dos "Artigianelli" em Turim. Inteligente e vivacíssimo sentiu pendor para a vida religiosa, sendo aceito na Congregação dos Padres Josefinos pelo próprio Fundador.

Sacerdote novo veio pela primeira vez ao Brasil em visita a seus irmãos estabelecidos no Distrito Federal e em São Paulo.  

Sua inteligência, sua piedade e seu zelo mereceram-lhe a confiança dos Superiores da Congregação que o nomearam para cargos de responsablidade, fundação de colégios e direção dos estabelecimentos de maior vulto da Congregação. 

A atividade no campo intelectual do Pe. Franchi estendeu-se para fora também das Casas religiosas: foi consultor e em seguida membro do Conselho central da maior organização dos professores católicos primários italianos, a "Tommaséo". 
Durante a primeira guerra mundial foi destacado para secretário de S. Beatitude o Patriarca de Jerusalém, Dom Barlassina, passando nos Lugares Santos os mais belos dias de sua existência. 

Em 1930, voltou ao Brasil, passando primeiro em Jaguarão (RS) como coadjutor e de 1932 a 1937 em Ana Rech, como vigário, anos de proveitoso apostolado em prol das almas. Tendo voltado para rever a pátria em 1937, depois de alguns meses de descanso, foi iniciar a comunidade josefina em São Paulo de Muriaé. Minas Gerais. 
Já alquebrado em suas forças concentrou seu apostolado no Hospital daquela cidade. 

A 17 de abril de 1942 teve a invejável dita de celebrar as bodas de ouro sacerdotais, com a presença de S. Excia. Revma. Dom Helvécio, arcebispo de Mariana, e de muitíssimos sacerdotes e amigos.

Passou os últimos 7 anos de vida entre o leito e a cadeira, unicamente ocupado com seu livrinho de reza e com seu terço que fazia correr incansavelmente entre os dedos em interminável prece.  Encerravava na oração e no sofrimento a longa vida de apostolado na noite de 16 de maio de 1950.