GIROLOAMO PIANEZZOLA
Longá (Italia), 12 de março de 1903
Mendoza (Argentina), 11 de abril de 1980

Pe. Girolamo Pianezzola

Girolamo nasceu em Longa di Schiavon (VI), em 12 de março de 1903. Filho de  Bernardo e Caterina Rossi. A excelente educação cristã que recebeu dos pais, fez germinar nele a vocação religiosa e sacerdotal. O contato com a Josefinos de Murialdo em Montecchio Maggiore (VI) fortificou ainda mais sua decisão de consagrar-se ao Senhor.

As vicissitudes da guerra convulcionaram todas as Obras Josefinas no Veneto. Girolamo foi enviado para continuar seus estudos em Modena 1915-1918, onde fez o postulantado (1917-1918). No final da 4ª serie do ginasio, foi transferido para Volvera (TO). Em 30 de agosto de 1918 em Volvera enfrentou o exame de admissão ao Noviciado diante do Pe. Marcello Pagliero e Pe. Girolamo Apolloni. "A partir do questionamento sobre qual desejo ou motivo o levaram a escolher a vida religiosa?" respondeu aos examinadores: "Para santificar-me mais facilmente." Em 4 de setembro de 1918 iniciou o noviciado com outros 13 colegas fraters, incluindo Giovanni Schiavo, Massimiliano Spiller, Vittorio Gagliardi e 8 irmãos leigos sob a direção do mestre Pe. Giorgio Apolloni.

Com a entrada no noviciado começou sua jornada de santificação em sua longa vida, através de inúmeras obras da Congregação. Ele fez sua primeira profissão religiosa em Volvera 27 agosto de 1919.

Começou os estudos de formação de professores em Frascati, que, em seguida, continuou a Oderzo (TV). Ele realizou seu período de formação nas obras de Zagarolo (RM), Vicenza e Modena (1921-1925), ao mesmo tempo de espera para o estudo da teologia. Sua preparação para o sacerdócio sofreu uma interrupção porque chamado para o serviço militar a partir de outubro 1923 a setembro de 1924. Foi ordenado sacerdote em 17 de dezembro de 1927 em Modena.

Seu apostolado Josefino ocorreu em diferentes obras de Itália: Modena, Turim, Rivoli (TO), até 14 de agosto de 1931, quando, em conjunto com Pe. Giovanni Schiavo, deixou Genova para partir para Missão Josefina do Brasil.

O apostolado brasileiro começou na grande paróquia de Jaguarão, (Rio Grande do Sul), no 'extremo sul do Brasil. Pe. Girolamo estava feliz e ativo no trabalho de evangelização e iniciação cristã dos criadores de gado, indo de fazenda em fazenda, longe uma da outra, muitas vezes mais de dez quilómetros. Em 1932, ele foi transferido para Ana Rech, no coração da imigração  italiana no Brasil. Pe. Girolamo encontrou-se à vontade, passando de comunidades em comunidades, com longas horas de galope em seu cavalo de fogo, ajudando espiritualmente as várias capelas da paróquia, sempre alegre e feliz. Tinha uma boa palavra para todos e um sorriso, falando sobre suas coisas concretas: plantações, pecuária e problemas. Os bons imigrantes gostavam muito bem dele e ficavam encantados com "Pe. Gerolimin "(para distingui-lo de p. Girolamo Rossi," Gerolamón "). De 1937 a 1938 foi pároco em Conceição. Em 1939 foi enviado para Muriaé, Minas Gerais e logo após a Olivania no Espírito Santo, para abrir um orfanato para crianças pobres, seguindo as promessas do bispo daquela diocese. Infelizmente as coisas não foram além de meras promessas. Após longa espera, durante o qual ele sofria de uma forma grave de malária, foi rechamado por seus superiores para Ana Rech e imediatamente exigida pelo Provincial da nova Província da América Latina, com sede em Buenos Aires, para atender a obras promissoras que estavam subindo.

Começou assim sua peregrinação de obra para obra. No inicio como diretor em Morrison (Córdoba, Argentina) 1940-1950, em seguida, a Santiago de Chile (1950-1953) e, finalmente, em Valparaíso (Chile) em 1954. Na Argentina e no Chile acabou por ser enérgico homem, de grande coração. Ele tentou incutir nas pessoas que encontrava o verdadeiro espírito de humildade silenciosa e não de controvérsia. Ele era conhecido por sua abnegação laboriosa e por seu grande espírito de empreendimento a qual a praticava com desprendimento admirável de vaidades pessoais. Seu coração, no entanto, permaneceu ligada ao início do apostolado no Brasil. Apoiou sempre as casas do Brasil, animadas pelo companheiro de noviciado Pe. Giovanni Schiavo, com as ofertas de missas que celebrava.

O irmão Gaetano Ponso, que trabalhou por muitos anos com ele, deu este testemunho: "Energico, inteligente e trabalhador. Preferia trabalhar com suas próprias mãos do que dirigir os outros. Gostava muito de pessoas, especialmente das crianças que desejava crescerem sinceras, honestas e trabalhadoras. Os jovens o respeitavam e amavam mesmo quando teve que ser rigoroso com eles. Todos os ex-alunos se lembrar dele com muito carinho. Era de vida mortificada, espartana. Não se concedia nada, exceto o tabaco, que, em seguida, abandonou completamente. Não tinha indulgências para si mesmo, não dava destaques para o comer ou beber, dormir ou ao levantar. Nunca reclamava de suas enfermidades e devia estar extremamente doente para descansar algumas horas. Confiou nos confrades. Disse ele uma vez: 'Nós todos somos adultos e sabemos nossos deveres. Por que dar tantas ordens? Todo mundo deve sabe o que fazer' ".

Retornou ao Brasil em 17 de outubro de 1955. Foi nomeado pelo Superior Geral, Vigário Provincial da Província Brasileira. Sua primeira tarefa foi dirigir o Escolasticado de Ana Rech, como instrutor e professor. Nós que tivemos como tal, nós lembramos dele como um educador capaz de orientar os jovens; Ele queria e adultos responsáveis. Embora nós éramos jovens, nós falava sobre como falar como adultos e pessoas maduras. Foi impressionante ver o que realizou em trabalhos braçais como a limpeza de banheiros e pátios. Era muito bom em matemática e parecia impossível de o superar.

Em 1962 ele retornou à Argentina (Mendoza, Freguesia de Los Dolores) e, em seguida, foi enviado em 1966 para a Espanha, em Sigüenza (Guadalajara) e depois 1967-1971 para Orduña (Vizcaya).

Da Espanha, foi enviado em 1972 por alguns meses na Itália em Montecchio Maggiore (VI) e, em seguida, ainda em 1972, ele retornou à Argentina, em Mendoza, na paróquia N. S. de Los Dolores, seu ultimo campo de trabalho Josefino. "Ele gostava de rir e brincar com confrades e também discutir, concluindo qualquer" conversa "com a expressão " não digo nada". Era muito sensível às injustiças sociais, tema favorito de suas conversas e seus profundos sermões, mas ao mesmo tempo, à descontraida, também enriquecido por uma nuance especial, o pitoresco sotaque brasileiro, lembrando  sua missão naquele país. Vestia sempre vestes eclesiásticas. Um estudante do Colégio Nadino assim o lembrava: 'Todas as manhãs no do pátio do colégio sob o peso de sua idade, com seu chapéu branco e com as mãos trêmulas. Eu o admirava em silêncio: era tudo dele; humildade em pessoa. Quando na Igreja me administrava os sacramentos, me incutia na alma a paz do Senhor. Falava de Jesus com entusiasmo, me incentivava a perseverar na vida da graça, insistia sobre a necessidade de oração "(P. Franco Magrini).

Com este grau de santidade, depois de uma curta doença, ele voltou para o Deus que tanto amou e para quem ele havia dedicado sua vida e apostolado josefino, em muitas obras da Congregação. Era 11 abril de 1980.

Certamente S. Leonardo Murialdo, o Servo de Deus Pe. Eugenio Reffo juntamente com o Servo de Deus, Pe. Giovanni Schiavo, são orgulhosos e felizes por tê-lo com eles no Paraíso.