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10 de junho de 2022

Ação Social Murialdo promove encontro nacional para celebrar o Dia Mundial de Enfrentamento ao Trabalho Infantil

“De Turim para o mundo – a caminho com os jovens: inspirando gerações para a construção de uma sociedade sem trabalho infantil” foi o tema que pautou o evento que reuniu mais de 500 participantes, fazendo memória aos 150 anos de fundação da Congregação de São José – Josefinos de Murialdo

Na tarde de quinta-feira-feira, 09 de junho, a Ação Social Murialdo da Província Brasileira da Congregação de São José - Josefinos de Murialdo, reuniu seus profissionais em um evento on-line para celebrar o Dia Mundial de Enfrentamento ao Trabalho Infantil, celebrado no dia 12 de junho. Com o tema “De Turim para o mundo – a caminho com os jovens: inspirando gerações para a construção de uma sociedade sem trabalho infantil”, o encontro, que reuniu religiosos, diretores, equipes de profissionais, educadores, instrutores, coordenações e interessados em dialogar sobre a importância do trabalho realizado pelo Instituto Leonardo Murialdo (ILEM) no enfrentamento ao trabalho infantil foi uma oportunidade de dialogar sobre a importância do trabalho realizado pelo Instituto Leonardo Murialdo (ILEM) por meio de programas de aprendizagem profissional, dos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos e outras ações realizadas junto às crianças, adolescentes e jovens.

O evento também buscou sensibilizar os profissionais de que a ação com os aprendizes é uma atualização fiel do carisma de Murialdo, bem como proporcionar uma maior articulação entre as Obras Sociais do ILEM a fim de legitimar o caráter profissional do serviço. Fizeram-se presentes as seguintes autoridades: o provincial dos Josefinos de Murialdo, padre Marcelino Modelski; o presidente do Instituto Leonardo Murialdo, padre Gilberto Florença da Câmara; a referência religiosa na Ação Social, padre Raimundo Pauletti; a escritora, palestrante, fundadora do projeto social Bem Me Quer, Anna Luiza Calixto; representando todas as crianças, adolescentes e jovens atendidos pela Rede Murialdo, a aprendiz do programa de aprendizagem profissional de Porto Alegre, Giulia de Souza Braga; da militante de movimentos sociais como a União Brasileira das Mulheres, Andressa Campanher Marques.

O presidente do ILEM, Padre Gilberto da Câmara destacou a importância do evento na celebração dos 150 anos de fundação da Congregação de São José – Josefinos de Murialdo e na presença da Rede Murialdo na luta pelas políticas públicas de proteção à criança e ao adolescente que contribuem para o enfrentamento de violações de diretos, em especial, ao trabalho infantil. “Nos envolvemos pela erradicação do trabalho infantil e acreditamos que a formação cidadã e a aprendizagem profissional são os pilares presentes na atuação do Murialdo. Lugar de criança é na escola, na família”, enfatiza.

Para o religioso referência da Ação Social Murialdo, Pe. Raimundo Pauletti, Murialdo nos interpela a partir do apelo de Jesus Cristo para sermos respostas diante das dificuldades e temos coragem para não sucumbir. “Essa é a hora de acharmos alternativas e forças diante da escassez de recursos. Com coragem, organização, trabalho em equipe e muita fé conseguiremos dar respostas efetivas à sociedade”, assegura.

Ana Luiza Calixto apresentou os diversos tipos de violência contra as crianças, adolescentes e jovens e destacou que precisam ser prioridade na família, na sociedade e no estado, não só na fala, mas também no orçamento. Para ela, “quem não denuncia também violenta. A rede de proteção precisa se reinventar para ser porta-voz de quem tem seus direitos violados a partir da naturalização do trabalho infantil”, argumenta

A aprendiz Giulia de Souza Braga falou, com muita satisfação, de sua experiência enquanto aprendiz do Murialdo. “Meu sonho é ser feliz e contribuir com uma sociedade mais justa para todas as crianças, adolescentes e jovens”, disse.

Andressa Campanher Marques chamou a atenção dos presentes a fim de que participem dos espaços representativos da sociedade, em defesa da democracia e da construção de cidadãos conscientes da realidade. “Não podemos aceitar tantas injustiças acontecendo com quem não tem vez e nem voz na sociedade. O Trabalho Infantil precisa ser denunciado e no lugar dele, precisamos exigir educação de qualidade para todos, independentemente de raça, cor, religião. Se a gente não participar, não temos como reclamar”, advertiu.

O evento ainda contou com a participação do Provincial da Província Brasileira, Pe. Marcelino Modelski. Ele destacou a missão, o carisma e o legado deixado por São Leonardo Murialdo em lidar com os mais frágeis da sociedade. “O sistema capitalista em que vivemos não se preocupa com isso, nele a pessoa não tem valor. Precisamos ser resposta de esperança e criar alternativas, principalmente, para a juventude”, enfatiza.

Sobre o Dia 12 de Junho - Dia Mundial de Enfrentamento ao Trabalho Infantil:

A Campanha 12 de Junho integra as mobilizações do Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil, instituído pela ONU, e conclama a sociedade para a urgência de medidas efetivas e imediatas de prevenção e combate ao trabalho infantil por meio do slogan “Precisamos agir agora para acabar com o trabalho infantil”. Inicia-se este ano uma contagem regressiva para o cumprimento da Meta 8.7 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) de “até 2025 erradicar o trabalho em condições análogas às de escravo, o tráfico de pessoas e o trabalho infantil, principalmente nas suas piores formas”.

O dia 12 de junho, Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2002, data da apresentação do primeiro relatório global sobre o trabalho infantil na Conferência Anual do Trabalho. Desde então, a OIT convoca a sociedade, os trabalhadores, os empregadores e os governos do mundo todo a se mobilizarem contra o trabalho infantil.

No Brasil, o 12 de junho foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, pela Lei Nº 11.542/2007. As mobilizações e campanhas anuais são coordenadas pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, em parceria com os Fóruns Estaduais de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador e suas entidades membros.

O símbolo da campanha e da luta contra o trabalho infantil no Brasil e no mundo é o cata-vento de cinco pontas coloridas (azul, vermelha, verde, amarela e laranja). Ele tem um sentido lúdico e expressa a alegria que deve estar presente na vida das crianças e adolescentes. O ícone representa ainda movimento, sinergia e a realização de ações permanentes e articuladas para a prevenção e a erradicação do trabalho infantil.

 

 

 

 

 

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