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Noviços professam Votos Temporários na Província Brasileira
Nesta quinta-feira, dia 07 de janeiro de 2021, os noviços Danian Emmanuel Gusman, natural da Argentina e da província Argentino-Chilena; Gean de Jesus Santiago Barbosa, de Paramirim (BA) e Ricardo Silva de Carvalho Júnior de Horizonte (CE), da província Brasileira, professaram os primeiros votos religiosos manifestando publicamente, sua adesão radical ao seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo por meio dos Conselhos Evangélicos de pobreza, obediência e castidade na Congregação de São José (Josefinos de Murialdo). Eles foram apresentados pelo mestre do Noviciado, Pe. Gabriel de Souza.
A solenidade aconteceu, às 10 horas, na Capela do Beato João Schiavo, em Fazenda Souza (Caxias do Sul – RS) e foi presidida pelo provincial da província Brasileira, Pe. Marcelino Modelski e concelebrada por dezenas de sacerdotes que estavam concluindo os exercícios espirituais. Observando os protocolos de vigilância sanitária, em função da pandemia da Covid-19, a celebração contou com representantes da família de Murialdo como dos Leigos Amigos de Murialdo, Irmãs Murialdinas de São José, educadores do Murialdo Santa Fé (comunidade de inserção do Noviciado), religiosos de outras Congregações e representantes da comunidade local.
Os professandos Damian Emanuel, Gean e Ricardo escolheram, respectivamente, como lema: “Tu me seduziste Senhor, e eu me deixei seduzir, foste mais forte do que eu, e me venceste.” (Jr 20,7); “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi” (Jo 15,16) e “Em seguida ouvi a voz do Senhor que dizia: ‘Quem hei de enviar? Quem irá por nós?’, ao que respondi: ‘Eis-me aqui, envia-me a mim’”.
Na homilia, o provincial falou da alegria em receber os três novos membros na Congregação e disse: “Sigam os passos de Jesus, este é um caminho seguro, sem trevas e que precisa ser renovado todos os dias; contem com os confrades em vossas vidas e queremos sempre mais formar uma bem unida família religiosa”. Após, ele convidou o Pe. Geraldo Boniatti para ler a mensagem recebida de alegria e boas-vindas do padre geral, Túlio Locatelli.
Durante a celebração, também foi apresentada a intenção e a gratidão às famílias dos professos que, devido à pandemia, não puderam se fazer presentes, bem como em comunhão com a Província Argentino-Chilena. Além disso, na Ação de Graças, os professos prestaram uma emocionante homenagem póstuma ao então mestre do Noviciado, Pe. Antônio Lauri de Souza, que faleceu em 11 de outubro, e que até os últimos momentos da enfermidade se fez presente dando testemunho fiel de “amigo, irmão e pai”.
Aos novos fratres nossa prece, carinho e estima e que sejam muito felizes no Seguimento de Jesus Cristo, vivenciando a vocação por meio do carisma e missão da Congregação de São José - Josefinos de Murialdo.
Você pode assistir a Santa Missa no youtube, pelo link: https://youtu.be/Sk9vRwTfVz4
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Jubileu sacerdotal: padres celebram 50 e 25 anos de ordenação
“Dai graças ao Senhor porque Ele é bom” (Sl 117)
Nos dias de hoje falar “para toda a vida” pode soar estranho, mas “para Deus tudo é possível”. É tão possível que no sábado, dia 9 de janeiro de 2021, às 18 horas, foram celebrados os 50 anos de vida sacerdotal do Pe. Geraldo Boniatti, natural de Caxias do Sul (RS) e ordenado no dia 03 de abril de 1971, em Viterbo, na Itália e os 25 anos de vida sacerdotal do Pe. Carlos Wesller, ordenado no dia 24 de dezembro de 1995, na cidade natal de São Ludgero (SC); do Pe. Lídio Roman e Pe. Marcelino Modelski, ordenados no dia 07 de janeiro de 1996, em Vista Alegre do Prata (RS); do Pe. Geraldo Canever, ordenado no dia 23 de dezembro de 1995, em Orleans (SC) e Pe. Roberto Carlos Mossi, ordenado dia 21 de janeiro de 1996, na cidade de Fagundes Varela (RS). Na celebração, Pe. Roberto, por força maior, não pode se fazer presente.
A solene celebração jubilar, em comunhão com toda a Família de Murialdo, familiares e amigosaconteceu na Capela do Seminário de Fazenda Souza (Caxias do Sul – RS). Ela foi celebrada pelo jubilando Pe. Geraldo Boniatti, concelebrada pelo provincial, também jubilando, Pe. Marcelino Modelski, demais jubilandos e sacerdotes presentes. A animação, os cantos e o rito solene tornou o momento de ação de graças muito emocionante.
Na homilia, cada jubilando deixou o seu depoimento referente à sua caminhada vocacional, dentro o qual, destacamos.
PE. MARCELINO MODELSKI: “Glorificado seja o Senhor pelas maravilhas que dignou-se realizar contando com minhas imensas fraquezas. Diariamente, o Senhor me despertou para a vida, pela mão me conduziu e sustentou, com sua Palavra me alimentou e recriou. Pela sua graça foi possível chegar até aqui. Renovo o desejo de continuar emprestando minha vida para o serviço e minha voz para que o Evangelho seja ouvido e acolhido”.
PE. CARLOS ALBERTO WESSLER:“Tudo é Graça, Deus é amor” (S.L. Murialdo). São 25 anos de uma história de amor, de doação, de trabalhos diários, de discipulado e de missão na escuta e no anúncio da Palavra de Deus, de culto litúrgico e de revelação do rosto paterno de Deus junto às crianças, adolescentes, jovens e povo de Deus. Peço a cada dia o dom da sabedoria para compreender aonde e como Deus fala hoje e a capacidade de servir com amor ao próximo. Nestes 25 anos tive a oportunidade de ser “amigo, irmão e pai” para as crianças, adolescentes e jovens e, nos últimos tempos, aos formandos. Que São José, Nossa Senhora, São Leonardo Murialdo e o beato João Schiavo intercedam por mim e por todos os colegas jubilandos.
PADRE LÍDIO ROMAN: Quero, diante de Deus, dos confrades e amigos como fiz em todos os dias do sacerdócio render graças pelo amor com que Deus me amou. Peço perdão por todo erro, queda ou vacilação. Quero também, na alegria do sacerdócio, renovar minha promessa sacerdotal de unir-me sempre de novo a Cristo, viver em seu serviço no espírito do Evangelho sendo entre as pessoas, em especial as crianças, adolescentes e jovens, um sinal permanente do amor de Deus.
PE. GERALDO BONIATTI: Na lembrancinha da minha ordenação sacerdotal, de 3 de abril de 1971, em Viterbo, na Itália, eu escrevi: Sacerdote, para ser sinal do amor de Deus entre as pessoas. Devo agradecer a Deus que nestes 50 anos Ele se manifestou com imenso amor para comigo. Agradecer também pelo bem que consegui realizar, pela sua graça, para muitas pessoas: sou um guerreiro pela vida, amo viver e trabalho para que todos possam viver dignamente. Deus me provou, mas nunca me abandonou. A sua graça e o seu amor sempre se fizeram presentes de modo infinito e pessoal. Muito obrigado a todos e minha bênção a cada uma de vocês.
Aos jubilandos, nossa gratidão pela fidelidade à vocação no Seguimento de Jesus Cristo e nossa prece para que tenham saúde e possam viver felizes na missão e carisma de Murialdo.
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Alegria dos “Josefinos de Murialdo” pela Carta Patris corde
O Padre Geral da Congregação de São José – Josefinos de Murialdo, Tullio Locatelli, nesta quinta-feira, 17 de dezembro, concedeu uma entrevista à Radio Vaticano e falou sobre a alegria da família religiosa pela publicação da Carta Apostólica Patris corde, assinada pelo Papa Francisco em 8 de dezembro passado e pela proclamação de um ano especial dedicado a São José.
Leia a entrevista com padre Túlio Locatelli:
São José "lembra-nos da responsabilidade silenciosa dos pais e de como os filhos são presentes e não propriedade". Entrevista com Padre Tullio Locatelli, Superior Geral da Congregação dos Josefinos de Murialdo, que fala sobre a relevância da Carta do Papa Francisco e o Ano de São José
Padre Túlio: Acolhemos esta Carta com grande alegria. A decisão de colocar a figura de São José no centro da reflexão da Igreja, juntamente com tantas outras questões atuais, foi uma grande alegria e uma grande surpresa para todos nós. Várias congregações escreveram ao Papa Francisco pedindo um gesto, um sinal especial, por ocasião do 150º aniversário da proclamação de São José como o santo padroeiro da Igreja universal e, portanto, quando esta Carta chegou com o anúncio do Ano de São José, sentimos verdadeiramente o Papa perto de nós e sentimos ainda mais o compromisso e a responsabilidade de apresentar a figura e a missão de São José. Portanto, muita alegria, grande surpresa, mas também grande responsabilidade, mas estamos felizes com isso.
O Papa fala de José como o homem da presença cotidiana, discreta e escondida. Define-o como um intercessor e um amparo, uma guia em momentos de dificuldade. Será que "passar despercebido" é uma característica deste Santo?
Padre Túlio: Esta característica o torna muito próximo de nós. Nem todos somos celebridades, nem todos estamos nas primeiras páginas. Mas cada um de nós vive uma vida comum, uma vida cotidiana, que não é menos significativa ou menos importante porque não é uma vida no centro das atenções. É bom pensar que quando no Evangelho, Jesus volta a Nazaré, e já é, digamos, um Jesus conhecido e famoso, em Nazaré eles dizem: mas não é este o filho de José? Então é verdade que os trinta anos de Nazaré foram vividos pela Sagrada Família no silêncio do mistério e no mistério do silêncio. Mas as pessoas sabem que Jesus é filho de José, como se dissessem que justamente essa atitude, esse estar em silêncio, guardou, educou, fez Jesus crescer. As pessoas reconhecem, portanto, que tudo isso foi feito por São José. Faz-nos recordar tantos pais e mães, tantas famílias, que no silêncio, deixam uma marca profunda na vida de seus filhos. Isto é muito bonito e é a razão pela qual sentimos que São José está perto de nós, também em nossas vidas normais, diárias - e por que não - inobservadas.
Na carta papal José é definido como um pai no acolhimento e na obediência, mas também como um pai trabalhador e com coragem criativa. Estas são definições que sublinham de forma sem precedentes sua profundidade espiritual.
Padre Túlio: Diria que este é um novo destaque no retrato espiritual de São José. Ele é um santo a quem são atribuídos os adjetivos "operário" e "artesão". O Evangelho menciona este ofício, ao trabalho de São José. É uma circunstância que o torna próximo de nós porque nos mostra que mesmo na Sagrada Família há alguém que é responsável pelos que são menores, mais fracos, mais frágeis e através de seu trabalho ajuda os outros a crescer, ele realmente se coloca a serviço deles. Mas é interessante este conceito de "coragem criativa" que Francisco introduz. Parece-me que o Papa quer nos dizer que José é o homem obediente, mas não é uma obediência passiva, de quem simplesmente o faz, mas de quem coloca toda sua inteligência, sua sabedoria, mas também sua responsabilidade em campo. Não é por nada que o Papa Francisco lembra que, ao voltar do Egito para Nazaré, São José pensou bem qual caminho seguir, que estrada tomar. A sua é uma coragem criativa que não é contrária à obediência, mas é a responsabilidade que se assume obedecendo. Por outro lado, São José é aquele que aceita profundamente um projeto de Deus, portanto, que não é seu. Por isso, sua criatividade não é contrária à obediência, mas expressa responsabilidade em face da obediência. É uma obediência completamente realizada e na qual se realiza a coragem criativa de José. Este aspecto me parece bastante novo. Talvez tenha sido mencionado no passado, mas não em tal profundidade e acredito que ajude os jovens em particular a aceitar a figura do Esposo de Maria.
O Papa sublinha que José nos ensina que a paternidade nunca é um exercício de posse, mas um "sinal" que se refere a uma paternidade superior. Qual é a atualidade desta advertência?
Padre Túlio: Talvez seja uma das advertências mais necessários para compreender o aspecto de serviço que a paternidade e a maternidade têm para com uma criança que é gerada na carne, mas que precisa ser gerada também no espírito. É acima de tudo uma advertência para desenvolver a atitude que se tem em relação a um dom. A criança é um presente e os presentes são para ser bem guardados, para serem defendidos, mas de alguma forma para serem devolvidos. O presente não é meu: é algo que recebi, que me foi dado e que percebo apenas na medida em que participo dele, o compartilho e, portanto, o devolvo. Por trás das palavras do Papa está a ideia de uma paternidade capaz de fazer crescer, educar e deixar partir. Uma paternidade que está ao serviço da vocação, do projeto do filho. Neste modelo de educação há um salto espiritual qualitativo, pois é um convite para descobrir o projeto de Deus. Junto com a geração da carne, há também uma geração do espírito e, portanto, há uma paternidade capaz de ser um sinal e aviso de uma paternidade maior do que a paternidade de Deus. Neste sentido, o casamento também não é um exercício de posse. É interessante que encontramos uma tradução que diz que José levou Maria "com ele" e não "para ele". São José, portanto, se apresenta com um coração livre, aberto e disponível: todos os sinais da paternidade e, antes de tudo, da paternidade de Deus.
Fonte: www.vaticannews.va/
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Papa convoca o “Ano de São José”
Para celebrar os 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica, o Papa Francisco convoca o "Ano de São José" com a Carta apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”. O ano dedicado ao Esposo de Maria, iniciou no dia 08 de dezembro de 2020 e segue até 8 de dezembro de 2021.
Pai amado, pai na ternura, na obediência e no acolhimento; pai com coragem criativa, trabalhador, sempre na sombra: com estas palavras, o Papa Francisco descreve São José. E o faz na Carta apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”.
Com o decreto Quemadmodum Deus, assinado em 8 de dezembro de 1870, o Beato Pio IX quis dar este título a São José. Para celebrar esta data, o Pontífice convocou um “Ano” especial dedicado ao Pai de Jesus.
Protagonismo sem paralelo
A Carta apostólica traz os sinais da pandemia da Covid-19, que – escreve Francisco – nos fez compreender a importância das pessoas comuns, aquelas que, distantes dos holofotes, exercitam todos os dias paciência e infundem esperança, semeando corresponsabilidade. Justamente como São José, “o homem que passa desapercebido, o homem da presença cotidiana discreta e escondida”.
E mesmo assim, o seu é “um protagonismo sem paralelo na história da salvação”. Com efeito, São José expressou concretamente a sua paternidade ao ter convertido a sua vocação humana “na oblação sobre-humana de si mesmo ao serviço do Messias”. E por isto ele “foi sempre muito amado pelo povo cristão” (1).
Nele, “Jesus viu a ternura de Deus”, que “nos faz aceitar a nossa fraqueza”, através da qual se realiza a maior parte dos desígnios divinos. Deus, de fato, “não nos condena, mas nos acolhe, nos abraça, nos ampara e nos perdoa” (2). José é pai também na obediência a Deus: com o seu ‘fiat’, salva Maria e Jesus e ensina a seu Filho a “fazer a vontade do Pai”, cooperando “ao grande mistério da Redenção” (3).
Exemplo para os homens de hoje
Ao mesmo tempo, José é “pai no acolhimento”, porque “acolhe Maria sem colocar condições prévias”, um gesto importante ainda hoje – afirma Francisco – “neste mundo onde é patente a violência psicológica, verbal e física contra a mulher”. Mas o Esposo de Maria é também aquele que, confiante no Senhor, acolhe na sua vida os acontecimentos que não compreende com um protagonismo “corajoso e forte”, que deriva “da fortaleza que nos vem do Espírito Santo”.
Através de São José, é como se Deus nos repetisse: “Não tenhais medo!”, porque “a fé dá significado a todos os acontecimentos, sejam eles felizes ou tristes”. O acolhimento praticado pelo pai de Jesus “convida-nos a receber os outros, sem exclusões, tal como são”, com “uma predileção especial pelos mais frágeis” (4).
“Patris corde” evidencia, ainda, “a coragem criativa” de São José, “o qual sabe transformar um problema numa oportunidade, antepondo sempre a sua confiança na Providência”. Ele enfrenta os “problemas concretos” da sua Família, exatamente como fazem as outras famílias do mundo, em especial aquelas migrantes. Protetor de Jesus e de Maria, José “não pode deixar de ser o Guardião da Igreja”, da sua maternidade e do Corpo de Cristo: todo necessitado é “o Menino” que José continua a guardar e de quem se pode aprender a “amar a Igreja e os pobres i” (5).
A dignidade do trabalho
Honesto carpinteiro, o Esposo de Maria nos ensina também “o valor, a dignidade e a alegria” de “comer o pão fruto do próprio trabalho”. Esta acepção do pai de Jesus oferece ao Papa a ocasião para lançar um apelo a favor do trabalho, que se tornou uma “urgente questão social” até mesmo nos países com certo nível de bem-estar.
“É necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica”, escreve Francisco, que “torna-se participação na própria obra da salvação” e “oportunidade de realização” para si mesmos e para a própria família, “núcleo originário da sociedade”. Eis então a exortação que o Pontífice faz a todos para “redescobrir o valor, a importância e a necessidade do trabalho”, para “dar origem a uma nova «normalidade», em que ninguém seja excluído”. Em especial, diante do agravar-se do desemprego por causa da pandemia da Covid-19, o Papa pede a todos que se empenhem para que se possa dizer: ”Nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma família sem trabalho!” (6).
“Não se nasce pai, torna-se tal”
“Não se nasce pai, torna-se tal”, afirma ainda Francisco, porque “se cuida responsavelmente” de um filho assumindo a responsabilidade pela sua vida. Infelizmente, na sociedade atual, “muitas vezes os filhos parecem ser órfãos de pai” que sejam capazes de “introduzir o filho na experiência da vida”, sem prendê-lo “nem subjugá-lo”, mas tornando-o “capaz de opções, de liberdade, de partir”.
Neste sentido, José recebeu o apelativo de “castíssimo”, que é “o contrário da posse”: ele, com efeito, “soube amar de maneira extraordinariamente livre”, “soube descentralizar-se” para colocar no centro da sua vida Jesus e Maria. A sua felicidade está no “dom de si mesmo”: nunca frustrado e sempre confiante, José permanece em silêncio, sem lamentações, mas realizando “gestos concretos de confiança”. A sua figura, portanto, é exemplar, evidencia o Papa, num mundo que “precisa de pais e rejeita os dominadores”, rejeita quem confunde “autoridade com autoritarismo, serviço com servilismo, confronto com opressão, caridade com assistencialismo, força com destruição”.
Na décima nota, “Patris corde” revela também um hábito da vida de Francisco: todos os dias, o Pontífice reza uma oração ao Esposo de Maria “tirada dum livro francês de devoções, do século XIX, da Congregação das Religiosas de Jesus e Maria”. Trata-se de uma oração que “expressa devoção e confiança” a São José, mas também “certo desafio”, explica o Papa, porque se conclui com estas palavras: “Que não se diga que eu Vos invoquei em vão, e dado que tudo podeis junto de Jesus e Maria, mostrai-me que a vossa bondade é tão grande como o vosso poder”. A Carta apostólica “Patris corde” é acompanhada da publicação do Decreto da Penitenciaria Apostólica, que anuncia o “Ano de São José” especial convocado pelo Papa e a relativa concessão do “dom de Indulgências especiais”.
Fonte: www.vaticannews.va/
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Murialdo realiza curso em Gestão Integrada de Pessoas, Cultura e Propósito Organizacional
A Faculdade Murialdo de Caxias do Sul (RS) em parceria com o Instituto Leonardo Murialdo realizou, de 20 de outubro a 19 de novembro de 2020, às terças e quintas-feiras, das 18h15min às 22h15min (horário de Brasília), o curso em Gestão Integrada de Pessoas, Cultura e Propósito Organizacional, na modalidade on-line com o professor ao vivo em sala de aula. A duração do mesmo foi de 40 horas e buscou instrumentalizar os profissionais para a atuação em gestão integrada, levando-se em conta a importância do envolvimento das pessoas e das equipes no propósito da organização.
As disciplinas que contemplaram a formação foram: Gestão de Pessoas: a Chave do Negócio; Planejamento e Gestão Estratégica; Estrutura e Normas Legislativas; Empreendedorismo Corporativo, Inovação e Tecnologia; Liderança, Gestão de Equipes e Cultura Organizacional; Gestão de Risco e Análise de Cenários; Otimizando Orçamentos e Buscando Indicadores; Organizações orientadas por propósito; Noções de Marketing Gerencial e Gestão e Espiritualidade.
O curso contou com 116 participantes entre religiosos Josefinos e Murialdinas e lideranças leigas da maioria da Obras do Brasil.
Nesta quinta-feira, dia 19 de novembro, o curso encerrou-se com o tema Gestão e Espiritualidade, com o professor Gustavo Balbinot. Ele dissertou que é próprio da pessoa que cultiva a Espiritualidade ter sentido de vida; estar consciente constantemente; buscar sentido nos acontecimentos; ser sensível ao humano e aos ‘ecos’; respeitar e valorizar as diferenças; nutrir a interioridade; investir na qualidade de vida e aprender das crises.
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Pe. Antonio Lauri Oliveira de Souza na Casa do Pai
No domingo, 11 de outubro de 2020, o mestre de Noviços e ex-provincial da Congregação de São José (Josefinos de Murialdo) Padre Antônio Lauri Oliveira de Souza, 71 anos, faleceu em decorrência de um câncer severo. As últimas homenagens foram prestadas na Igreja Matriz de Ana Rech (Caxias do Sul – RS) com Celebração Eucarística, às 15h30min. Após, Pe. Lauri foi sepultado no Jazigo dos Josefinos, junto ao Cemitério daquela localidade.
O religioso nasceu em São Francisco de Paula (RS), no dia 01 de março de 1949, filho de José Ramos de Souza e Maria Rosa Oliveira de Souza e tinha 10 irmãos.
ETAPAS DE FORMAÇÃO
- Escola Primária – Escola Rural Isolada de Silva Lima: Pedra Lisa - Cazuza Ferreira – São Francisco de Paula (RS), de 1957 a 1962.
- Ensino Fundamental Escola Normal (preparação para professores rurais) - Colégio Murialdo de Ana Rech, Caxias do Sul (RS), de 1963 a 1966.
- Ensino Médio - Colégio Nossa Senhora do Carmo - Caxias do Sul (RS), de 1967 a 1969.
- Curso de Filosofia – Universidade de Caxias do Sul (UCS) - Caxias do Sul (RS), 1970.
- Início do Curso de Ciências Biológicas – UCS - Caxias do Sul, 1971.
- Finalização do Curso de Ciências Biológicas na UCS, Caxias do Sul, de 1974 a 1975.
- Curso de Teologia no Instituto Paulo VI – Londrina (PR), de 1979 a 1981.
- Pós-Graduação em Teologia – PUC - Rio de Janeiro, 1982.
- Curso EaD em Filosofia pelo Claretiano (incompleto por motivos de saúde) de 2018 a 2020.
- 1a. Profissão Religiosa: 24 de fevereiro de 1979 - Porto Alegre (RS).
- Votos Perpétuos:26 de fevereiro de 1982 - Porto Alegre (RS).
- Ordenação Diaconal:27 de fevereiro de 1982 - Porto Alegre (RS).
- Ordenação Presbiteral:01 de janeiro de 1983 – Distrito de Cazuza Ferreira (São Francisco de Paula – RS).
EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO
- Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens - Araranguá (SC), em 1983: Coordenador do Ensino Fundamental e Professor.
- EPESMEL - Londrina (PR), de 1983 a 1993: Coordenador de Ensino, Diretor e Pároco da então quase-Paróquia Cristo Bom Pastor (ad personam) 1985 em diante.
- Curso Forper - Roma, de 1993 a1994.
- Associação Protetora da Infância - Porto Alegre (RS), de 1995a 2004: Diretor da Comunidade, Coordenador dos Projetos Sociais e Pároco da Paróquia Santuário São José de Murialdo (1996 e 1997).
- Área Pastoral do Conjunto Palmeiras - Fortaleza (CE): Pároco, 2004 a 2009:
- Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Vila Luizão - São Luís (MA), 2010.
- Curso para Formadores – Roma e, após, na Comunidade de Fazenda Souza, 2011.
- Seminário Josefino - Fazenda Souza - Caxias do Sul (RS), 2012: Diretor de Comunidade e Mestre dos Noviços.
- Provincial, de 2013 a 2018.
- Centro Social Murialdo Santa Fé - Bairro Santa Fé - Caxias do Sul (RS), de 2019 a 2020: Mestre dos Noviços e Diretor da Comunidade.
Um homem apaixonado pela Vida Religiosa Consagrada. Referindo-se à esta opção, Pe. Lauri escreveu: “O mistério do amor de Deus me conduziu. Pergunto-me, quase que em tom de arrependimento: Por que não decidi antes? Tem sido um tempo de graça: tantas crianças, adolescentes e jovens que profeticamente suplicam um olhar, um cuidado, uma iluminação e alguma oportunidade; tantos adultos, idosos e doentes que, ao administrarmos os sacramentos, somos tentados a ajoelharmo-nos a seus pés e a beijar suas mãos. Planejo para ser dócil e santo instrumento, sempre segurado pela sua mão e vontade.” A síntese de sua consagração, de sua opção pela vida sacerdotal e de seu apostolado está no lema da sua ordenação sacerdotal: “Quem um dia acreditou no Reino e se encantou por Ele, não tem mais direito de viver descansado”, citando São Bernardo. E foi assim mesmo que o vimos. Viveu uma “vida pela vida, vida pelo Reino, como a vida dele: o Mestre Jesus”.
Um homem apaixonado pela Congregação de São José. Franzino na sua estatura física, todavia foi um grande líder: otimista, determinado, com grande senso crítico, atualizado, um homem à frente de seu tempo. Intelectual, de muita leitura e estudo, esteve sempre presente e comprometido com a organização e com as questões da Província, especialmente na atualização do carisma, bem como na dimensão apostólica junto às JuventudeS. Foi muito atuante e presente na vida de toda a Família de Murialdo (FdM), especialmente dos Leigos Amigos de Murialdo. Teve uma consciência sempre larga à questão missionária, sendo protagonista na abertura da comunidade de Juazeiro do Norte (Ceará) e da Faculdade Murialdo, em Caxias do Sul; dedicou-se à intercongregacionalidade, à interculturalidade e às questões importantes da Congregação. Inegavelmente, foi um grande divulgador do carisma de Murialdo pelo testemunho de vida doada, sobretudo, na alegria da vivência religiosa comunitária; nisso, ele foi um exemplo para todos. Nada de extraordinário, mas intenso, profético, amigo, irmão e pai no ordinário. Não tenho dúvida de que precedeu a muitos na vida de oração externada na serenidade, na bondade e na convicção nas tomadas de decisão. Um homem de Deus! Sempre e em tudo um sorriso para todos.
Carregou também sua cruz. Algumas tarefas, especialmente enquanto provincial, lhe tomaram importantes energias, contudo não se furtou em ir até o fim, no amor. Recordamos os embates na criação da ORGMUR, a coordenação da beatificação do Pe. Joao Schiavo, as questões delicadas num tempo de dificuldade econômica e de grandes fragilidades no interior da Província. Preocupava-se com a saúde física e espiritual dos confrades. No último ano, com a descoberta do câncer e das suas proporções, iniciou de forma consciente seu caminho de dor e de entrega nas mãos de Deus.
Padre ANTONIO LAURI. Descanse em paz. Você foi mestre na dança do amor, na dança da vida. Seu testemunho alegre e fiel de Jesus ressuscitado há de iluminar nossos caminhos, até que um dia, glorificaremos juntos, a Trindade Santa. Reze por nós. Precisamos, e estamos certos da sua intercessão. São Leonardo Murialdo te apresente ao Pai.