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Papa Francisco e a CNBB destacam a importância da participação dos leigos na política
Neste Ano do Laicato que terá coincidência com a movimentação eleitoral em torno de eleições no Brasil, o tema da participação dos leigos no campo político deverá ser retomado nas comunidades de todo o País. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sintonia com a palavra do episcopado latino-americano e caribenho, em documento aprovado na assembleia geral do ano passado, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” (Doc. 105), traz orientações práticas para o assunto. E o Papa Francisco voltou a tratar da temática em mensagem que enviou aos participantes do encontro sobre política promovido pela Comissão para a América Latina (CAL) e pelo Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), que aconteceu na semana passada, nos dias 1 e 3 de dezembro, em Bogotá, na Colômbia. Para o Papa Francisco, “no mundo da política, sendo missão do cristão leigo direcionada de modo especial para a participação na construção da sociedade, segundo os critérios do Reino, três elementos são fundamentais: formação, espiritualidade e acompanhamento”
Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade
Proposta
O documento 105 da CNBB recorda: “no mundo da política, sendo missão do cristão leigo direcionada de modo especial para a participação na construção da sociedade, segundo os critérios do Reino, três elementos são fundamentais: formação, espiritualidade e acompanhamento” (no. 263).
Para se chegar a realização desses princípios, a CNBB propõe uma série de seis iniciativas que precisariam ser tomadas pelas comunidades. A primeira é a de estimular a participação dos leigos na política: “Há necessidade de romper o preconceito comum de que a política é coisa suja, e conscientizar os leigos e leigas de que ela é essencial para a transformação da sociedade”. A segunda iniciativa sugerida no documento é “impulsionar os cristãos a construírem mecanismos de participação popular que contribuam com a democratização do Estado e com o fortalecimento do controle social e da gestão participativa”. A terceira é “incentivar e preparar os cristãos leigos e leigas a participarem dos partidos políticos e serem candidatos para o executivo e legislativo, contribuindo, deste modo, para a transformação social”.
Na lista das iniciativas sugeridas pela CNBB, os bispos lembram que é preciso “mostrar aos membros das nossas comunidades e à população em geral, que há várias maneiras de tomar parte na política: nos Conselhos Paritários de Políticas Públicas, nos movimentos sociais, nos conselhos de escola, na coleta de assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular, nos comitês da lei 9840/99 de combate à corrupção eleitoral e da lei 135/2010, conhecida como lei da ficha limpa”.
A quinta sugestão de iniciativa presente na 3ª e última parte documento que trata da “Ação Transformadora na Igreja e no Mundo” é: “incentivar e animar a constituição de Cursos e/ou Escolas da Fé e Política ou Fé e Cidadania, ou com outras denominações, nas Dioceses e Regionais”. E a última recomendação dessa passagem do documento: “acompanhar os cristãos que estão com mandatos políticos (executivo e legislativo), no judiciário e no ministério público e os que participam de Conselhos Paritários de Políticas Públicas, a fim de que vivam também aí a missão profética, promovendo reuniões, encontros, momentos de oração e reflexão e retiros”.
Papa Francisco
Na mensagem em vídeo enviada aos cristãos envolvidos na política que se reuniram no começo do mês na Colômbia, o Papa recorda uma citação muito conhecida dos seus Predecessores, que se referiam à política como uma “alta forma de caridade”, ou seja, um serviço inestimável de dedicação ao bem comum da sociedade.
Há necessidade – insistiu o Papa – de novas forças políticas, que brilhem pela sua ética e cultura; que façam uso do diálogo democrático; que conjuguem a justiça com a misericórdia e a reconciliação; que sejam solidárias com os sofrimentos e esperanças dos povos latino-americanos. Neste sentido, Francisco exclamou: “Quanto precisamos, hoje, na América Latina, de uma política boa e nobre! Quanto precisamos de protagonistas! ” E continuou: “O Continente latino-americano precisa de defesa do dom da vida, em todas as suas fases e manifestações; precisa de crescimento industrial e tecnologia sustentável; precisa de políticas corajosas para enfrentar o desafio da pobreza, da desigualdade, da exclusão e do subdesenvolvimento”.
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Papa pede que jovens não 'ignorem o mundo' passando os dias no celular
O Papa Francisco pediu no último sábado (2/12) que os jovens não passem o dia todo no celular, ignorando o mundo. Ele fez o discurso durante o encontro com estudantes na Universidade de Notre Dame, em Daca, evento com o qual encerra sua viagem a Bangladesh.
"Não passem o dia todo com o telefone na mão, ignorando o mundo que nos rodeia", aconselhou. Diante de cerca de 7 mil estudantes, Francisco afirmou que se sente "rejuvenescido" cada vez que encontra com os jovens, sempre "cheios de entusiasmo".
"Os jovens estão sempre prontos para ir em frente, fazer com que tudo seja realizado e arriscar. Que continuem com esse entusiasmo nas circunstâncias boas e más, e, sobretudo, quando, olhando ao redor, parecer que Deus não está no horizonte", disse.
'Software' de Deus
Francisco aconselhou que os estudantes "viagem na vida", mas que não "vaguem sem rumo". Por isso, pediu que eles se deixem guiar por meio da fé de Deus. "É como se Deus tivesse colocado dentro de nós um software, que nos ajuda a discernir com seu programa divino e a responder com liberdade", explicou o pontífice.
"Mas, como todo software, ele precisa também ser atualizado constantemente. Mantenham atualizado o programa de vocês, ouvindo o senhor e aceitando o desafio de fazer sua vontade", completou.
Francisco reiterou, como em muitos de seus discursos, a necessidade de os jovens ouvirem e respeitarem os mais velhos para, entre outras coisas, evitarem repetir os erros do passado.
Foto: AP PhotoAijaz Rah
Fonte: G1
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Religiosos concluem o curso de Teologia na PUC-PR
Na última sexta-feira, 1º de dezembro, ocorreu a cerimônia de formatura do curso de Teologia da PUC-PR (Campus Londrina) dos fraters Antônio de Castro Lima e Cristiano Parnahiba de Souza e do diácono Luciano Costa Pereira. A solenidade foi realizada na Capela Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, em Cambé (PR) e contou com a presença do Provincial, Pe. Antônio Lauri de Souza, da comunidade religiosa do Teologado, de amigos da Epesmel e familiares.
Antônio e Cristiano seguirão para o magistério, onde passarão um ano de estágio pastoral. O diácono Luciano será ordenado sacerdote no dia 17 de fevereiro de 2018, na Paróquia São Francisco de Assis, Fortaleza (CE).
Aos religiosos formados, votos de muitas felicidades no seguimento de Jesus Cristo, com nosso apoio e estima.
Fotos: Divulgação
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Celebração de Ação de Graças reúne a Família de Murialdo
No domingo, 26 de novembro, ocorreu a Celebração de Ação de Graças, promovida pelos Leigos Amigos de Murialdo e pelo Centro Técnico Social. A cerimônia que aconteceu na Igreja Matriz São Leonardo Murialdo, foi animada pelas crianças e adolescentes da Ação Social Murialdo e contou com a presença dos profissionais do Murialdo, amigos, parceiros, colaboradores, apoiadores, familiares dos atendidos e fiéis em geral.
Os 70 anos da Instituição (desde o Abrigo de Menores São José) e a beatificação do fundador, Pe. João Schiavo foram os temas da Celebração que emocionou a todos os participantes. A cerimônia foi presidida pelo provincial Pe. Raimundo Pauletti e acompanhada pelos sacerdotes Adelar Dias, Gervásio, Antônio Lauri de Souza, Orides Ballardin e Renato Fantin. O encontro ainda contou com a presença do Prefeito Municipal Daniel Guerra.
Fotos: Bernardete Chiesa
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Papa critica uso de celular entre fiéis e religiosos durante as missas
O Papa Francisco disse na última quarta-feira, 8 de novembro, que fica triste quando vê fiéis e até religiosos usarem o celular durante as celebrações.
Na audiência geral, na Praça São Pedro, o pontífice falou sobre diversos temas e anunciou um novo ciclo de catequeses, depois da conclusão da série sobre a esperança na semana passada. Enquanto falava da importância de determinados aspectos na Igreja, ele usou uma metáfora para questionar o uso excessivo de aparelhos nas celebrações.
"Por que, a um certo ponto, o sacerdote diz 'corações ao alto?' Ele não diz 'celulares ao alto para tirar foto!' Não! Fico triste quando celebro e vejo muitos fiéis com os celulares para cima. Não só os fiéis, mas também sacerdotes e até bispos. A missa não é espetáculo, é ir ao encontro da paixão e ressurreição do Senhor. Lembrem-se: chega de celulares", declarou.
O papa começou nesta quarta um novo ciclo de catequese dedicado à celebração eucarística e convidou o público a "crescer no conhecimento do grande dom que Deus nos doou na eucaristia".
Foto: Alessandro Bianchi/Reuters
Fonte: G1
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“Fraternidade e superação da violência” é o tema da CF 2018
CNBB apresenta o cartaz oficial
O cartaz da campanha da fraternidade 2018 mostra um grupo de pessoas de diferentes idades e etnias de mãos dadas, representando a multiplicidade da sociedade brasileira. Especialmente no Ano do Laicato, que terá início na Igreja no Brasil no próximo dia 26 de novembro, o convite é para, por meio da CF 2018, refletir sobre a problemática da violência, particularmente em como superá-la.
Segundo o secretário-executivo das Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Luís Fernando da Silva, as pessoas que nele formam um círculo e unem as mãos indicam que a superação da violência só será possível a partir da união de todos. “A violência atinge toda a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas, o caminho para superar a violência é a fraternidade entre as pessoas que se unem para implementar a cultura da paz”, explica.
A escolha do Cartaz, de acordo com o padre Luís Fernando, foi feita com base em duas etapas. A primeira foi aberta à participação da população que pôde enviar sugestões de arte por meio de um edital aberto ao público e a segunda passou pela avaliação do Conselho Permanente da CNBB. “A partir dessa escuta é que chegou à atual configuração do Cartaz”, sublinhou.
Com o tema “Fraternidade e superação da violência”, a CF 2018, além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo. “A Igreja no Brasil escolheu o tema da superação da violência devido ao crescimento dos índices de violência no Brasil. Esse tema já foi discutido na década de 80, num contexto em que o país vivia a recessão militar e dentro desse contexto foi possível mapear diversas formas de violência”, afirma padre Luís.
Ele explica ainda que o lema da CF “Vós sois todos irmãos” foi extraído do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, no qual Jesus repreende os fariseus e mestres da lei, por suas práticas não serem coerentes com os seus discursos. “Os fariseus e mestres da lei valorizavam a sociedade hierarquizada. Jesus propõe-lhes então um novo modelo mais comunitário e fraterno “Vós sois todos irmãos”.
“O lema da Campanha da Fraternidade 2018 é um convite para a superação da violência por meio do reconhecimento de que cada pessoa humana é irmão, é irmão e se assim o é então não se pode deferir contra ele (a) atos de violência”, finaliza padre Luís.
Subsídios
Além do cartaz, todo ano a Igreja no Brasil disponibiliza subsídios e materiais para ajudar as comunidades, famílias e cidadãos a vivenciarem o propósito da Campanha. Esses materiais estarão à disposição do público no site da Edições CNBB a partir da última semana de outubro.
Padre Luís Fernando explica ainda que o principal subsídio é o texto-base que apresenta uma reflexão do tema a partir do método ver, julgar e agir. Além disso, haverá ainda subsídios para alunos do ensino fundamental, médio e grupos juvenis. Já para ajudar na oração quaresmal, uma vez que a CF é lançada durante este período, haverá também celebrações em família, via-sacra, vigília, eucaristia, celebração da misericórdia e celebração ecumênica.
Fonte CNBB