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Papa Francisco divulga carta aos presbíteros
No último domingo, 4 de agosto, o Papa Francisco publicou uma carta direcionada aos presbíteros, por ocasião dos 160 anos da morte de São João Maria Vianney, o santo Cura D’Ars, padroeiro dos padres. O pontífice enviou uma carta aos sacerdotes de todo o mundo, manifestando-lhes seu agradecimento e incentivando-os a viver com fidelidade sua vocação. O documento é dividido em quatro tópicos: tribulação, gratidão, ardor e louvor.
Confira a carta na íntegra abaixo:
Fotos: Antoine Mekary | Aleteia | i.Media
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08 de julho: Dia do Beato João Schiavo
“Pai, eu sempre quis fazer a tua vontade”
(Beato João Schiavo)
O mês de julho é especial para Família Murialdo e para todos os seus devotos. Nesta segunda-feira, 08 de julho, é comemorado o aniversário do Beato João Schiavo. O sacerdote foi beatificado no dia 27 de outubro, nos Pavilhões da Festa da Uva de Caxias do Sul (RS).
Pe. João Schiavo viveu 35 anos no Brasil e sua intercessão se deve a um caso de cura em Caxias do Sul, ocorrido em 1997 e confirmado em 2016 pelo Vaticano. O milagre ocorreu quando Juvelino Carra, que sofria de problemas intestinais, foi encaminhado para uma cirurgia de emergência. No hospital, o médico Ademir Cadore verificou que se tratava de uma trombose no intestino delgado, um quadro irreversível. O médico desistiu da cirurgia e encaminhou o paciente a UTI, de forma que fosse acompanhado até sua morte.
Ao receber a notícia de que não haveria o que fazer, a esposa de Juvelino, Lourdes que se apegou fortemente a um santinho de João Schiavo e orou para que o padre intercedesse por seu marido. Aos poucos, Juvelino apresentou sinais de melhora, para surpresa de todos. Em sete dias, ele teve alta do hospital sem apresentar problemas ou sequelas.
Após 12 anos do ocorrido, a família Carra e a equipe médica foram entrevistadas pelas autoridades da Medicina do Vaticano, que atestaram a veracidade dos fatos e a saúde de Juvelino. Dessa forma, elas deram seguimento a formalidade da beatificação do Padre João Schiavo.
Sobre João Schiavo: o sacerdote nasceu no dia 8 de julho de 1903, na Itália e, aos 24 anos, foi ordenado sacerdote. Em 1931 partiu para o Brasil, onde chegou na cidade de Jaguarão (RS). Já em 25 de novembro do mesmo ano, transferiu-se para Ana Rech (Caxias do Sul – RS) e começou a trabalhar no Colégio Murialdo. A partir de 1935, mudou-se para o bairro Galópolis, onde dirigiu uma escola e a paróquia. Em 1937, ele assumiu a direção do Colégio Murialdo e a coordenação dos religiosos Josefinos, em Ana Rech. A partir de 1956, o sacerdote passou a residir no Seminário Josefino de Fazenda Souza e se dedicou à formação das Irmãs Murialdinas de São José. No ano de 1966, Pe. João foi internado com complicações no fígado causadas por uma hepatite. Em 1967, faleceu aos 63 anos.
Que o beato João Schiavo interceda por todos!
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Papa nomeia Dom José Gislon como bispo diocesano de Caxias do Sul
Na manhã desta quarta-feira, 26 de junho, o Papa Francisco anunciou Dom José Gislon (que exercia o ministério na diocese de Erechim) como bispo diocesano de Caxias do Sul, aceitando a renúncia – aposentadoria por idade - do Bispo Dom Alessandro Ruffinoni.
Dom José Gislon
Nasceu no dia 23 de fevereiro de 1957, no município de Dona Emma (SC). É o terceiro dos nove filhos de Vicente Gislon e Jurema Gislon. Frequentou o serviço militar, de maio de 1976 a abril de 1977, no quartel da Polícia do Exército de Brasília. Ingressou no Seminário Santa Maria, dos Freis Capuchinhos, em Engenheiro Gutierrez, Irati (PR) em 1978, onde cursou o 2º grau e o Postulantado. Ingressou no Noviciado em 24 de janeiro de 1981, no Convento Nossa Senhora das Mercês e emitiu os primeiros votos no dia 24 de janeiro de 1982.
Frequentou o curso de Filosofia em 1982 e 1983, no Instituto de Filosofia dos Freis Capuchinhos, em Ponta Grossa (PR). Concluiu a Teologia no Instituto Teológico Paulo VI, em Londrina (PR). Emitiu os Votos Perpétuos em 24 de novembro de 1987, em Ponta Grossa. Foi ordenado diácono em 24 de novembro de 1987, em Ponta Grossa e sacerdote, em 28 de maio de 1988, em Uraí (PR). Fez o Curso de História da Igreja – Mestrado, na Universidade Gregoriana de Roma, de outubro de 1992 a janeiro de 1996.
Atividades Pastorais
Diretor do Seminário Nossa Senhora da Assunção, coordenador da PV regional, vigário paroquial, Uraí (PR); guardião, ecônomo e mestre de aspirantes, no Convento Santo Antônio, em Almirante Tamandaré (PR); professor de História da Igreja no Studium Teológico de Curitiba e no CINTEC (Centro Interdiocesano de Teologia de Cascavel); definidor provincial, ecônomo provincial e local, secretário de economia, administração e serviço fraterno; guardião e ecônomo da Fraternidade Nossa Senhora das Mercês em Curitiba (PR); Ministro Provincial da Província São Lourenço de Brindes, do Paraná, Santa Catarina e Paraguai; Definidor Geral da Ordem; como Definidor Geral foi presidente da Comissão Internacional de Solidariedade Econômica da Ordem.
Foi nomeado Bispo da Diocese de Erechim (RS) pelo Papa Bento XVI, no dia 06 de junho de 2012. Sua Ordenação Episcopal foi dia 03 de agosto de 2012, na igreja Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba (PR). Iniciou seu ministério episcopal na Diocese de Erechim, dia 19 de agosto de 2012, na Catedral São José. No dia 26 de junho de 2019 é nomeado pelo Santo Padre Papa Francisco como Bispo da Diocese de Caxias do Sul
O brasão de Dom José
Escudo francês, moderno, retangular oblongo, dividido em três campos. No primeiro campo em azul, aparece a letra “M” (abreviação de Maria) envolta com doze estrelas, douradas. O azul simboliza caridade e justiça e, além disso, a grande devoção à Virgem Maria da Igreja, da Diocese e da Ordem Franciscana, a defensora da Imaculada Conceição. No segundo campo, em área vermelha para indicar a fortaleza e a decisão no agir, aparece o emblema da Ordem Franciscana, com um braço de Cristo e outro de São Francisco de Assis, em forma da cruz de Santo André, tendo as mãos estigmatizadas indicando a Ordem à qual o Bispo pertence. Na base interna, atravessando os dois campos, vê-se um livro aberto, simbolizando a Palavra de Deus e a presença de Cristo através dos tempos nas letras Alfa e Ômega (princípio e fim de tudo). O escudo é encimado por uma cruz episcopal dourada com três pontas sobre um mastro, coberta por um chapéu prelatício, do qual pendem cordões que se unem em três ordens de 1, 2 e 3 flocos, num total de 12 para os bispos, simbolizando os 12 apóstolos. E tudo em cor verde, que indica esperança, fé e amizade. Sob o escudo, uma faixa prateada, na qual aparece, em maiúsculo, o lema episcopal “IN CARITATE AMARE ET DILIGERE” (Amar e servir na caridade), o núcleo fundamental da missão do Bispo.
Fonte: CNBB Sul 3
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Papa Francisco define tema da JMJ 2022: ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente (Lc 1, 39)”
Durante o encontro com os jovens que participaram do Fórum Internacional para promover a atuação do Sínodo 2018, o Papa Francisco anunciou o tema da próxima Jornada Mundial da Juventude 2022 (JMJ) em Lisboa (Portugal): “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39).
Os jovens, a fé e o discernimento vocacional
Na manhã deste sábado (22/06), o Papa Francisco recebeu os participantes do Fórum Internacional dos Jovens que tem como objetivo promover a atuação do Sínodo 2018 sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
Logo depois, o Papa falou sobre o episódio de Emaús presente no documento final da Assembleia Sinodal, considerando-o “um texto paradigmático para compreender a missão eclesial em relação às jovens gerações”. Francisco recorda que “a profunda experiência que os discípulos de Emaús viveram com Jesus, levou-os irresistivelmente a colocar-se novamente a caminho”. E estimulando os jovens disse: “Vocês, queridos jovens, são chamados a ser luz na noite de muitos outros jovens que ainda não conhecem a alegria da nova vida em Jesus”.
Caminhar juntos
“Cleofás e o outro discípulo depois de terem encontrado o Ressuscitado sentiram a necessidade vital de estar com a sua comunidade. Não há alegria autêntica se não for compartilhada com os outros”, afirma Francisco e recordou: “agora que se aproxima o momento de se despedir, talvez vocês já sintam saudades… é normal. Faz parte da experiência humana”. Os discípulos também não queriam que Jesus fosse embora, porém “seu Corpo ressuscitado não é um tesouro a reter, mas um Mistério a partilhar” (Documento Final do Sínodo, 115). “Nós encontramos Jesus, sobretudo, na comunidade e pelas ruas do mundo. Quanto mais levamos Jesus aos outros mais o sentimos nas nossas vidas. “Por isso – indica o Papa – alimentem e difundam o fogo de Cristo presente dentro de vocês”.
A Igreja precisa de vocês!
Em seguida, o Papa recorda mais uma vez aos jovens: “Vocês são o hoje da Igreja! A Igreja precisa de vocês para ser plenamente ela mesma”. E acrescenta: “Somente caminhando juntos seremos verdadeiramente fortes. Com Cristo, Pão da Vida, que nos dá força para o caminho, levemos a luz do seu fogo para as noites deste mundo! ”.
Tema para a próxima JMJ
Concluindo o encontro, o Papa Francisco fez um importante anúncio. Seguindo o percurso do Sínodo dos Jovens que precedeu a Jornada Mundial da Juventude do Panamá, três meses mais tarde, o pontífice almeja uma grande sintonia entre estas duas vias, confiando esta intenção à poderosa intercessão de Maria. Então, Francisco anuncia: “A próxima edição internacional da JMJ será em Lisboa, em 2022”, e para esta etapa da peregrinação dos jovens “escolhi como tema: ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente (Lc 1, 39)”. Em seguida o Papa faz um apelo: “para os dois anos precedentes, convido todos a meditar sobre os versículos: ‘Jovem, eu te digo: levanta-te’ (cf. Lc 7, 14 e Christus vivit 20) e ‘Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!’ (At 26, 16)”.
Fonte: Vaticannews
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Sínodo da Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral
Vaticano divulga Documento Preparatório para o Sínodo 2019
Na última semana, o Vaticano apresentou à população o Documento Preparatório do Sínodo dos Bispos de 2019, que ocorrerá de 6 e 27 de outubro de 2019 em Roma.
O documento traz como título “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. O arquivo é composto por um texto-base, que oferece uma análise da conjuntura atual da Amazônia e aponta percursos e novos caminhos para a Igreja a serviço da vida nesse bioma.
O documento busca preparar as comunidades para o Sínodo, a fim de ouvi-las, para que a assembleia repercuta, de fato, os clamores que saem das bases, o que é um desejo expresso do Papa Francisco. O texto está dividido em três partes, segundo o método ver, discernir e agir. Ao final do material, estão algumas questões que permitem um diálogo e uma progressiva aproximação da realidade para que as populações da Amazônia sejam ouvidas.
É muito importante que todas as Instituições cristãs estudem o documento e mobilizem suas comunidades para este evento de Igreja.
Sobre o Sínodo para a Amazônia:
É uma resposta do Para Francisco à realidade da Pan-Amazônia. De acordo com o Pontífice, “o objetivo principal desta convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta. Que os novos Santos intercedam por este evento eclesial para que, no respeito da beleza da Criação, todos os povos da terra louvem a Deus, Senhor do universo, e por Ele iluminados, percorram caminhos de justiça e de paz”.
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Papa: “a promoção dos pobres não é um compromisso extrínseco ao anúncio do Evangelho”
“A esperança dos pobres jamais se frustrará” é o tema escolhido pelo Papa Francisco para o III Dia Mundial dos Pobres, que será celebrado em 17 de novembro. O Dia Mundial dos Pobres é fruto do Jubileu Extraordinário da Misericórdia e se realiza no domingo anterior ao da festa de Cristo Rei.
Em mensagem para a ocasião, o Papa Francisco recorda que a promoção dos pobres, mesmo social, não é um compromisso extrínseco ao anúncio do Evangelho. Neste ano, Francisco faz uma comparação entre a situação do pobre no tempo do salmista e a situação atual e constata que pouco mudou:
“Passam os séculos, mas permanece imutável a condição de ricos e pobres, como se a experiência da história não ensinasse nada. Assim, as palavras do salmo não dizem respeito ao passado, mas ao nosso presente submetido ao juízo de Deus”.
O pontífice cita as muitas formas de novas escravidões, como famílias obrigadas a deixar a sua terra; órfãos que perderam os pais; jovens em busca duma realização profissional; vítimas de tantas formas de violência, da prostituição à droga; sem esquecer os milhões de migrantes instrumentalizados para uso político.
Lixeira humana
O papa fala também das periferias de nossas cidades, repletas de pessoas que vagueiam pelas ruas, em busca de alimento. “Tendo-se tornado eles próprios parte duma lixeira humana, são tratados como lixo, sem que isto provoque qualquer sentido de culpa em quantos são cúmplices deste escândalo”, adverte o pontífice.
Não obstante a descrição de injustiça e sofrimento no salmo, há uma definição do pobre: é aquele que “confia no Senhor” (cf. 9, 11), pois tem a certeza de que nunca será abandonado. “Na Escritura, o pobre é o homem da confiança!”, escreve o papa. “É precisamente esta confiança no Senhor, esta certeza de não ser abandonado, que convida o pobre à esperança. Sabe que Deus não o pode abandonar.”
Compromisso intrínseco ao Evangelho
Jesus, por sua vez, não teve medo de se identificar com cada um deles. Francisco então adverte: esquivar-se desta identificação equivale a ludibriar o Evangelho e diluir a revelação. Sobretudo, num período como o nosso, prossegue o papa, é preciso reanimar a esperança e restabelecer a confiança. “É um programa que a comunidade cristã não pode subestimar. Disso depende a credibilidade do nosso anúncio e do testemunho dos cristãos.”
O papa recorda que a promoção dos pobres, mesmo social, não é um compromisso extrínseco ao anúncio do Evangelho; pelo contrário, manifesta o realismo da fé cristã e a sua validade histórica. Como exemplo, o Santo Padre cita Jean Vanier, que faleceu recentemente, e o define como um “grande apóstolo dos pobres”.
Mudança de mentalidade
Por ocasião deste Dia Mundial, Francisco não pede somente iniciativas de assistência, mas faz votos de que aumente em uma aquela atenção plena, que é devida a toda a pessoa que se encontra em dificuldade.
“Não é fácil ser testemunha da esperança cristã no contexto cultural do consumismo e do descarte, sempre propenso a aumentar um bem-estar superficial e efêmero. Requer-se uma mudança de mentalidade para redescobrir o essencial, para encarnar e tornar incisivo o anúncio do Reino de Deus.”
Em sua mensagem, o Pontífice não deixa de enaltecer o trabalho de inúmeros voluntários pelo mundo, mas recorda que os pobres não precisam somente de uma “sopa quente ou de um sanduíche”. “Precisam das nossas mãos para se reerguer, dos nossos corações para sentir de novo o calor do afeto, da nossa presença para superar a solidão. Precisam simplesmente de amor…”
Ao final da mensagem, o papa exorta a todas as comunidades cristãs e a quantos sentem a exigência de levar esperança e conforto aos pobres: “peço que se empenhem para que este Dia Mundial dos Pobres possa reforçar em muitos a vontade de colaborar concretamente para que ninguém se sinta privado da proximidade e da solidariedade”.
Fonte: CNBB